24/07/12

Metas, competências, metas, competências...



Andamos à volta, viciosamente, deste assunto. Provavelmente, num próximo governo, vamos voltar às competências. Competências gerais, específicas, essenciais. Dependerá do gosto do ministro.

No fundo, em algum momento do processo curricular estamos a falar de uma coisa ou outra.
No parecer do CNE, podemos ler que as metas são evidências do desempenho das competências:
"Desses pressupostos destacamos que “as metas de aprendizagem são entendidas como evidências de desempenho das competências que deverão ser manifestadas pelos alunos, sustentadas na aquisição dos conhecimentos e capacidades inscritos no currículo formal, constituindo por isso resultados de aprendizagem esperados” e “serão sempre expressas em termos do desempenho esperado por parte do aluno.”

Reconhece que 
"perante a desorganização curricular que hoje se verifica, a importância de que se reveste a construção de um dispositivo de apoio à gestão da actividade curricular destinado, sobretudo, a melhorar os procedimentos de monitorização e avaliação das aprendizagens, com vista à regulação e readequação sistemáticas do trabalho curricular dos alunos e dos professores. As Metas de Aprendizagem, tal como foram apresentadas, pretendem responder a essa necessidade."
E alertava
"Vê-se, porém, com apreensão a introdução em simultâneo nas escolas de um conjunto de novos dispositivos com incidência directa na actividade curricular, designadamente, o novo acordo ortográfico, novos programas e respectivos manuais, nova terminologia linguística, o documento Metas de Aprendizagem, bem como a reorganização curricular do ensino básico e secundário a terem de corresponder conjugadamente aos objectivos do Programa Educação 2015 para a elevação das competências básicas dos alunos portugueses e a avaliação respectiva da sua evolução.
Esta situação invulgar vai requerer um forte esforço de mobilização e acompanhamento destas políticas, a nível nacional, envolvendo todos os potenciais interventores, a fim de que se consiga fazer convergir e harmonizar tantos factores conflituantes."
Estamos nessa: Situação invulgar.
O que não entendo mesmo é o cavalo de batalha  de que com a taxonomia de Bloom os alunos vão aprender melhor do que com o construtivismo de Piaget.

Sem comentários:

Enviar um comentário